Após a cirurgia bariátrica, é necessário seguir uma dieta específica para permitir a recuperação adequada e evitar complicações. Alguns itens devem ser evitados, especialmente nos primeiros dias e semanas após a cirurgia, para permitir que o estômago se adapte às mudanças e para evitar desconforto e vômitos. Alguns deles:
- Bebidas alcoólicas
- Bebidas gaseificadas (refrigerantes e água mineral com gás)
- Alimentos com alto teor de açúcar e gordura, como doces e sorvetes
- Leite condensado e outros produtos lácteos ricos em açúcar e gordura
- Alimentos pastosos, sólidos e fibrosos que podem ser difíceis de digerir nos primeiros dias após a cirurgia
É importante seguir as instruções do seu médico e nutricionista em relação à sua dieta pós-cirúrgica, para garantir uma recuperação segura e eficaz.
Após o período da dieta líquida é recomendado que o paciente coma pequenas quantidades de alimento pelo menos quatro a cinco vezes por dia, com intervalos de 2 a 3 horas. Isso ajuda a evitar a sobrecarga do estômago e a facilitar a digestão. Após seis meses, quatro a seis refeições por dia em intervalos regulares (de 3 a 4 horas) são necessárias para evitar episódios de hipoglicemia. Além disso, é importante que a ingestão de líquidos seja feita em intervalos frequentes entre as refeições, para garantir uma boa hidratação e evitar a desidratação. Lembre-se sempre de seguir as orientações da equipe multidisciplinar responsável pelo seu acompanhamento.
Em caso de dumping, é importante que o paciente se sente ou deite imediatamente. Os sintomas podem incluir aceleração dos batimentos cardíacos, mãos úmidas e pegajosas, suor, tremores ou urgência em usar o banheiro. Eles podem ocorrer isoladamente ou em combinação, e sua intensidade varia de acordo com o que foi ingerido. Em geral, os sintomas desaparecem em menos de trinta minutos.
É recomendado que o paciente anote o que acabou de comer ou beber, para identificar quais alimentos e bebidas causam a síndrome de dumping. Após alguns episódios, é possível reconhecer quais alimentos devem ser evitados. Insistir nesses alimentos pode levar a quadros frequentes de hipoglicemia.
Sim, existem casos de pacientes que: Não conseguem atingir o peso ideal e/ou almejado. Isso pode ocorrer em casos de obesidade mórbida extrema, com um IMC acima de 60. Além disso, mesmo aqueles que perdem peso após a cirurgia podem reganhar parte do peso se não seguirem uma mudança adequada de estilo de vida, incluindo alterações no comportamento alimentar e aumento da atividade física. O acompanhamento pós-operatório é fundamental para prevenir o reganho de peso e manter uma perda de peso sustentável a longo prazo.
Sim, é recomendado aumentar a ingestão de proteínas, pois elas são importantes para a síntese de queratina, que é um dos componentes principais do cabelo. Além disso, a suplementação de zinco e o uso regular de um complexo vitamínico podem ser benéficos para a saúde capilar. É importante o acompanhamento de um especialista em Tricologia Bariátrica para os casos mais específicos.
Sim, além dos alimentos fibrosos, como: bagaços de laranja e bergamota, melancia, pinhão, damasco entre outros, pois esses podem causar obstrução intestinal ou Fitobezoar. Também é importante evitar alimentos ricos em gordura, açúcares refinados e bebidas alcoólicas, pois eles podem dificultar a perda de peso e aumentar o risco de complicações. Além disso, é importante evitar alimentos muito condimentados ou apimentados, pois eles podem irritar o estômago sensível após a cirurgia. Cada paciente terá uma dieta personalizada de acordo com as suas necessidades e restrições individuais.
Se o paciente não tomar as vitaminas recomendadas pela equipe médica, ele pode desenvolver deficiência de vitaminas e minerais, com suas múltiplas implicações. Estas incluem alterações neurológicas, anormalidades na pele, perda óssea, anemia, entre outras. Além disso, o paciente pode apresentar fadiga, fraqueza, falta de energia, além de outros sintomas que variam de acordo com as deficiências apresentadas.
Por isso, é extremamente importante seguir a prescrição médica e tomar todos os suplementos de vitaminas, cálcio e ferro recomendados pela equipe médica, pelo tempo necessário, podendo ser por um longo período no pós-operatório e até por toda a vida. É essencial que o paciente entenda que a cirurgia bariátrica pode afetar a absorção de nutrientes e, portanto, a suplementação é fundamental para prevenir deficiências nutricionais.
Após a cirurgia bariátrica, é importante que os pacientes evitem o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo. O álcool contém muitas calorias que podem contribuir para o ganho de peso, além de prejudicar o fígado, cuja função é fundamental na absorção de nutrientes. A absorção do álcool também é mais intensa após a cirurgia, podendo causar danos ainda mais graves. Além disso, a dependência química pode ser um risco para a saúde emocional e física do paciente.
Por outro lado, o tabagismo também é contraindicado após a cirurgia bariátrica. O fumo pode aumentar o risco de úlceras, dificuldade de cicatrização interna e outras complicações gastrointestinais.
A cirurgia bariátrica é uma ferramenta útil para auxiliar na perda de peso em pacientes com obesidade mórbida. No entanto, é importante destacar que a cirurgia isoladamente não garante a perda permanente de peso. A manutenção do peso perdido após a cirurgia requer adesão a um programa alimentar saudável e modificações do estilo de vida, incluindo a prática regular de atividades físicas.
Em alguns casos, pode ocorrer a recuperação de peso após a cirurgia bariátrica, principalmente em pacientes que não aderem ao tratamento proposto. Alguns fatores que podem contribuir para isso incluem a falta de acompanhamento nutricional e psicológico adequado, o consumo excessivo de alimentos calóricos ou inadequados, o sedentarismo e a presença de compulsão alimentar.
Portanto, é fundamental que o paciente entenda que a cirurgia bariátrica é uma ferramenta para auxiliar na perda de peso, mas não é a solução definitiva. A mudança de hábitos alimentares e de estilo de vida é essencial para o sucesso a longo prazo do tratamento. O acompanhamento regular com a equipe multidisciplinar é fundamental para prevenir a recuperação de peso e garantir a saúde e qualidade de vida do paciente.
É importante ressaltar que a velocidade da perda de peso após a cirurgia bariátrica pode variar de acordo com cada paciente e seu processo de recuperação pós-operatória. Alguns pacientes podem apresentar uma perda de peso mais rápida nos primeiros meses após a cirurgia, enquanto outros podem ter uma perda de peso mais gradual e constante ao longo dos meses. Além disso, é necessário enfatizar que a perda de peso saudável e duradoura requer um compromisso contínuo com mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e atividade física regular. É importante seguir as orientações da equipe multidisciplinar para alcançar uma perda de peso segura e saudável.
A cirurgia de redução do estômago, com a criação de uma pequena bolsa gástrica, pode levar à sensação de saciedade precoce, com a ingestão de pouca quantidade de alimentos. Isso ocorre porque após a alimentação, a pequena bolsa do estômago é dilatada por pouca quantidade de comida, o que cria a sensação de estômago cheio. Além disso, o limite de ingestão de líquidos ou alimentos é menor após a cirurgia, e a ingestão excessiva pode levar a náuseas ou vômitos.
A sensação de saciedade pode ser potencializada pela escolha de alimentos ricos em proteínas e fibras, que são mais difíceis de serem digeridos, e que podem prolongar a sensação de saciedade. Por outro lado, a ingestão de alimentos ricos em açúcares e gorduras pode diminuir a sensação de saciedade e levar ao consumo excessivo de calorias.
É comum que os pacientes tenham uma sensação desagradável ao comer doces ou alimentos muito calóricos, como tonturas, suor nas mãos, mal estar geral. A saciedade geralmente ocorre com menos de ¼ da quantidade de alimento que o paciente ingeria antes da cirurgia. É importante lembrar que a sensação de saciedade pode variar de paciente para paciente e também pode mudar com o tempo, por isso é essencial seguir as orientações do médico e nutricionista para garantir a perda de peso e uma alimentação saudável.
Embora não sejam comuns, vômitos e diarreia podem ocorrer após a cirurgia de redução de estômago. Os vômitos geralmente estão associados a uma ingesta alimentar com volume ou velocidade desproporcionais ao novo estômago. Para evitar isso, o paciente precisa aprender a mastigar bem os alimentos e a quantidade que pode ingerir sem forçar e causar desconforto abdominal, refluxo e até vômitos. Algumas raras vezes, os vômitos podem estar associados à obstrução do trânsito intestinal, o que deve ser tratado cirurgicamente ou endoscopicamente. Quanto à diarreia, existem alguns tipos de alimentos específicos que podem causá-la e devem ser evitados. Em casos frequentes de vômitos ou diarreia, é importante relatar à equipe médica para que possam ser investigadas as possíveis causas e tratadas adequadamente.
Além de contribuir para a eliminação de peso, as atividades físicas regulares também são importantes para a saúde geral do paciente após a cirurgia de redução de estômago. Elas podem ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas, diabetes e outras condições crônicas, além de melhorar a disposição e a autoestima.
A prática de exercícios físicos ajuda a aumentar o gasto calórico e a manter a massa muscular, o que é especialmente importante após a cirurgia, já que o corpo pode perder tanto gordura quanto músculo durante o processo de emagrecimento. Além disso, a atividade física pode ajudar a minimizar a sobra do excesso de pele, que é comum após a perda de peso significativa, preenchendo o espaço com o aumento do volume de massa muscular.
Em geral, após 30 dias nas cirurgias videolaparoscópicas sem nenhum outro procedimento em conjunto, é possível iniciar uma rotina de exercícios físicos leve a moderada. No entanto, é importante seguir as orientações do médico, pois em alguns casos, pode ser necessário esperar um período maior para iniciar os exercícios, especialmente se houver complicações na recuperação ou a realização de outros procedimentos cirúrgicos concomitantes.
A bioimpedância elétrica é um exame que utiliza uma corrente elétrica de baixa intensidade para avaliar a composição corporal de uma pessoa. Ele mede a resistência elétrica do corpo, ao passar por ele essa corrente elétrica, é possível estimar a quantidade de água, músculo e gordura em diferentes partes do corpo., bem como obtemos também a avaliação das medidas de circunferência do pescoço (a qual é fundamental para avaliação do risco da Síndrome da Apnéia do Sono), de tórax, abdome, braços e pernas. Também o nosso equipamento nos permite quantificar o nível de gordura visceral, a qual é muito importante na avaliação do risco de doenças cardiometabólicas. A partir desses dados, é possível acompanhar o processo de emagrecimento dos indivíduos, em termos de qualidade, além de identificar possíveis desequilíbrios na composição corporal, os quais podem ser corrigidos com dieta e exercícios físicos específicos.
Mínimo 02 horas de jejum, sem atividades físicas , sem uso de bebidas alcooólicas nas últimas 24h, suspensão do uso de diuréticos por 07 dias se possível e não estar menstruada.
Sim, pode ser realizado por qualquer pessoa que queira ter conhecimento da sua composição corporal ou que esteja fazendo acompanhamento de procedimentos estéticos, atividades físicas, pré e pós cirurgias plásticas, avaliação física para concursos públicos…
Não é necessário a retirada dos pontos, isso porque, nesse tipo de cirurgia, os fios de sutura utilizados são absorvíveis pelo organismo.
É normal após cirurgia por videolaparoscopia, algumas vezes, sair secreção pelos orifícios. Pode-se lavar normalmente com água corrente durante o banho mantê-los bem secos e arejados. Não ocluir os orifícios com Band- Aid ou gaze.
Atualmente, de acordo com as recomendações das autoridades de saúde, não há um tempo mínimo específico após a cirurgia bariátrica para que uma pessoa possa se vacinar contra a COVID-19. O mais importante é seguir as diretrizes de vacinação do seu país e seguir as recomendações do seu médico, que poderá avaliar caso a caso. Em geral, a maioria das pessoas que realizam a cirurgia bariátrica pode receber a vacinação após o período de recuperação inicial, que pode levar algumas semanas. Mas cada situação é única e deve ser avaliada individualmente. É sempre importante conversar com seu médico sobre suas opções de vacinação.
Em geral, após a realização de uma das doses da vacina do COVID-19, é necessário aguardar um período mínimo de 14 dias antes de realizar qualquer tipo de procedimento cirúrgico.
A cirurgia bariátrica é um procedimento realizado em pacientes com obesidade, com o objetivo de ajudá-los a perder peso e melhorar a saúde geral. A cirurgia pode ser feita por diferentes técnicas; como a gastroplastia, o bypass gástrico e a gastrectomia vertical, por exemplo.
Já a cirurgia metabólica é uma técnica que tem como objetivo tratar comorbidades associadas à obesidade, como o diabetes mellitus tipo 2, resistência à insulina, hipertensão arterial, dislipidemia e apneia obstrutiva do sono. Essa técnica utiliza os mesmos procedimentos da cirurgia bariátrica, mas não é necessária a presença da obesidade mórbida como critério para sua realização.
Dessa forma, a principal diferença entre as duas técnicas é que a cirurgia bariátrica é focada no controle da obesidade, enquanto a cirurgia metabólica tem como objetivo o tratamento das comorbidades metabólicas associadas à obesidade, principalmente o Diabetes.
Após 18-24 meses de pós bariátrica, pode-se realizar as cirurgias reparadoras. É recomendado entretanto, aguardar também a estabilização do peso corporal por pelo menos 6 meses antes de realizar qualquer procedimento reparador. O cirurgião bariátrico responsável pela sua cirurgia irá avaliar caso a caso a melhor época para o encaminhamento ao cirurgião plástico, para a realização dessas cirurgias.
A recomendação geral é aguardar pelo menos 12 a 18 meses após a cirurgia bariátrica para engravidar. É importante conversar com o médico especialista em cirurgia bariátrica e com o obstetra antes de engravidar, pois podem ser necessários ajustes na dieta, vitaminas e acompanhamento médico mais frequente.